A
dislexia é um transtorno genético e hereditário presente em aproximadamente 10%
da população mundial, podendo também ser causada pela produção exacerbada de
testosterona pela mãe, durante a gestação.
Muitas
vezes confundida com déficit de atenção, problemas psicológicos, ou mesmo
preguiça; esse transtorno se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em
decodificar símbolos, ler, escrever, soletrar, compreender um texto, reconhecer
fonemas, exercer tarefas relacionadas à coordenação motora; e pelo hábito de
trocar, inverter, omitir ou acrescentar letras/palavras ao escrever.
Indivíduos
disléxicos possuem a área lateral-direita do cérebro mais desenvolvida que a de
pessoas que não possuem essa síndrome, tendo geralmente, por tal motivo, mais
facilidade em questões relacionadas à criatividade, solução de problemas,
mecânica e esportes.
Levando
em consideração o despreparo que muitas instituições de ensino têm em relação
às particularidades dos alunos - muitas vezes, inclusive, criando e reforçando
estigmas – esse comportamento é responsável por uma grande parcela das causas
de evasão escolar. Além disso, muitos casos de suicídio e de violência juvenil
têm sido associados aos portadores dessa síndrome; comportamentos estes muitas
vezes relacionados às alterações emocionais decorrentes das suas dificuldades.
O
diagnóstico consiste na análise do paciente, geralmente por equipe
multidisciplinar (psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo, etc.), excluindo
outras possíveis causas. Tal avaliação permite que o acompanhamento seja feito
de forma mais eficaz, já que leva em consideração suas particularidades
individuais.
O
tratamento embora não tenha cura, auxilia o paciente quanto às suas limitações,
permitindo uma melhora progressiva e evitando, assim, que sofra problemas
sérios relacionados à autoestima e socialização.